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[CRÍTICA] Twisters

  • Foto do escritor: Carlos Vilaça
    Carlos Vilaça
  • 11 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura


Em um gênero frequentemente marcado por tramas previsíveis e efeitos especiais exagerados, "Twisters" surge como uma lufada refrescante de ar no universo dos filmes de catástrofe. Classificando como um possível reboot da franquia. Dirigido por Lee Isaac Chung, pouco conhecido no mercado cinematográfico (seu longa-metragem de estreia, "Munyurangabo" (2007), foi Seleção Oficial do Festival de Cannes do mesmo ano), o filme introduz o espectador em um turbilhão emocionante de ação e suspense, explorando as complexidades das pessoas diante de desastres naturais iminentes. O elenco acompanha a trajetória de Kate Carter (Daisy Edgar-Jones), que, após uma tragédia envolvendo seus amigos da época do colegial, precisa enfrentar novamente os riscos e medos da vida como caçadora de tornados, tudo em nome da pesquisa e da ciência. A trama também segue Tayler Owens (Glen Powell), um influencer famoso que encara a caça aos tornados como diversão e profissão. A pedido de seu amigo de longa data e sobrevivente, Javi (Anthony Ramos), Kate é convencida a retornar à ativa na caça aos tornados para coletar dados e aprender a prevenir essas catástrofes.


O filme se desenrola em uma região rural de Oklahoma, nos Estados Unidos, que se torna o epicentro de uma série devastadora de tornados, comumente chamados de cinturões. A história segue um grupo diversificado de pessoas, desde meteorologistas dedicados até residentes locais com histórias pessoais entrelaçadas, todos lutando para sobreviver à fúria da natureza.


O grande mérito de "Twisters" está na maneira como equilibra a intensidade das cenas de ação com o desenvolvimento dos personagens. Em vez de focar apenas nos efeitos especiais espetaculares, o roteiro reserva espaço para que o público se conecte emocionalmente com as pessoas afetadas pelos desastres e com a jornada da protagonista. Isso é reforçado por atuações sólidas de um elenco que transmite tanto a vulnerabilidade quanto a resiliência exigidas pela situação extrema.


Visualmente, o filme não decepciona. As sequências de tornados são impressionantemente realistas, capturando a imprevisibilidade e a brutalidade dos eventos climáticos extremos sem cair na fantasia pura, graças ao uso habilidoso de efeitos práticos e especiais. A cinematografia manipula a tensão e o ritmo de forma eficaz, mantendo o público na ponta da cadeira durante as cenas de perigo iminente.


No entanto, nem tudo são ventos favoráveis para "Twisters". Existem alguns clichês típicos do gênero e convenções narrativas previsíveis. Ainda assim, esses elementos são amplamente compensados pela execução competente e pelo compromisso genuíno com a emoção humana em meio ao caos natural.


Em suma, "Twisters" se destaca como um thriller emocionante que não apenas entretém, mas também convida à reflexão sobre a fragilidade da existência humana diante das forças da natureza. É um testemunho da capacidade do cinema de criar tensão visceral e conexões emocionais profundas, enquanto nos lembra da imprevisibilidade e da beleza brutal do mundo que habitamos.


Crítica: Carlos Vilaça

Nota: 4,2/5

 
 
 

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