[CRÍTICA] Karatê kid 2: lendas
- Carlos Vilaça
- 8 de mai.
- 2 min de leitura

O retorno de Karatê Kid aos cinemas em 2025 com a tão aguardada sequência Karatê Kid: Lendas promete, à primeira vista, reacender a chama da franquia que formou gerações. Dirigido por Jonathan Entwistle e com Ralph Macchio e Jackie Chan reprisando seus papéis, o longa tenta equilibrar o legado da saga com uma nova geração de personagens. Porém, apesar das intenções, o resultado é uma obra que tropeça entre o saudosismo e a falta de ousadia.
A trama acompanha um novo aprendiz de karatê, interpretado por Ben Wang, que precisa lidar com a perda do pai e encontrar equilíbrio interior sob a tutela do Sr. Han (Jackie Chan). Ao mesmo tempo, Daniel LaRusso (Macchio) retorna como mentor e elo com o passado, mas sua presença por vezes soa mais como fan service do que essencial à narrativa.
Visualmente, o filme é competente, com boas coreografias de luta e fotografia limpa, mas não chega a inovar ou emocionar como os clássicos anteriores. O roteiro aposta em arcos previsíveis, e o drama pessoal do protagonista não ganha profundidade suficiente para gerar impacto real.
Jackie Chan continua carismático, mas limitado por diálogos simplistas. Ben Wang entrega um desempenho sincero, mas sofre com um roteiro que não permite seu crescimento pleno. Ralph Macchio, por sua vez, parece deslocado em cenas que tentam resgatar o espírito dos anos 80 sem adaptá-lo de forma convincente ao presente.
Karatê Kid: Lendas tenta reviver a franquia apostando mais na memória afetiva do que em uma reinvenção criativa. O filme não é um desastre, é tecnicamente correto e tem bons momentos, mas também não se firma como uma continuação memorável. Para fãs, é um aceno caloroso; para o público geral, pode parecer apenas mais um reboot sem o vigor necessário.
CRÍTICA: Carlos Vilaça
Nota: 4.0/5
Comentarios