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[ CRÍTICA] lilo & Stitch

  • Foto do escritor: Carlos Vilaça
    Carlos Vilaça
  • 20 de mai.
  • 2 min de leitura



O remake live-action de Lilo & Stitch, é mais do que uma simples adaptação de uma animação querida, é um exercício delicado de equilíbrio entre respeito ao original e aprofundamento temático. Dirigido com sensibilidade e apoiado por um elenco jovem carismático, o filme acerta ao manter o coração da história, em dar a importância da família e do pertencimento, enquanto explora nuances emocionais que a animação de 2002 apenas sugeria.


Um dos maiores méritos da nova versão está no aprofundamento das personagens humanas, especialmente Nani. Interpretada por Sydney Agudong, ela ganha uma dimensão mais trágica e realista, revelando o peso da responsabilidade precoce. Esse desenvolvimento dá à narrativa uma camada dramática mais palpável, fugindo da superficialidade que por vezes acompanha adaptações infantojuvenis. A adição da assistente social Kekoa, vivida por Tia Carrere (num aceno afetivo ao passado), também fortalece o tom humano do roteiro ao evitar caricaturas e apostar em empatia.


Maia Kealoha, por sua vez, se destaca como uma Lilo cativante, teimosa, sensível e estranhamente adorável, tudo que a personagem sempre foi, mas agora com um brilho renovado que sustenta o filme com autenticidade. Sua interação com Stitch, criado com CGI de altíssimo nível, carrega o núcleo emocional da obra. A escolha de manter Chris Sanders como a voz do experimento 626 é um gesto simbólico que reforça a continuidade emocional entre as duas versões.


No entanto, o longa não escapa completamente das limitações recorrentes em live-actions da Disney. Zach Galifianakis, como Jumba, parece deslocado em algumas cenas, enquanto Billy Magnussen se sai melhor como Pleakley, embora sem o mesmo impacto cômico do original. Formam personagens legais, porém não tanto caricatos como na animação.


Apesar disso, Lilo & Stitch (2025) é um dos raros remakes da Disney que não apenas justifica sua existência, mas a engrandece. O filme preserva o espírito da versão de 2002 ao mesmo tempo em que amadurece sua abordagem, tornando-se acessível tanto para um público infantil quanto para adultos que cresceram com o original. É, enfim, uma carta de amor ao conceito de ‘ohana’, que, nesta nova leitura, soa ainda mais urgente, sincero e necessário.

Crítica: Carlos Vilaça

NOTA: 4.6/5

 
 
 

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