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(crítica) pisque duas vezes

  • Foto do escritor: Carlos Vilaça
    Carlos Vilaça
  • 22 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura



Estreando como roteirista e diretora, a atriz Zoë Kravitz explora o suspense contemporâneo em seu longa-metragem, oferecendo um olhar instigante sobre a vida cotidiana em um filme de intensa tensão. O filme promete ser uma mistura de thriller psicológico e drama, explorando temas de poder, manipulação e o papel das mulheres em ambientes dominados por homens. Estrelado por Naomi Ackie, “Pisque Duas Vezes”  mantém o espectador envolvido do início ao fim. Na trama, a garçonete Frida e o bilionário Slater King, interpretado por Channing Tatum, concordam em passar as férias em sua ilha particular. O que parecia um pedaço do paraíso se transforma em uma experiência angustiante quando Jess (Alia Shawkat), a melhor amiga de Frida, desaparece sem deixar pistas.

Com 142 minutos de duração, o longa apresenta uma narrativa prolongada que visa prender o público com curiosidade e desenvolver uma história bem elaborada. À medida que as situações se desenrolam, o filme conduz uma maneira concisa, culminando em um clímax bem construído e trazendo um plot twist inesperado. Em comparação, o filme compartilha semelhanças com a narrativa de “Corra” (2017), do diretor Jordan Peele, especialmente no que diz respeito à exploração de uma elite privilegiada sobre uma minoria negra, baseada em crenças voltadas para características físicas e de poder aquisitivo.

A premissa é intrigante e apresenta uma abordagem moderna e crítica das dinâmicas de poder e gênero. O isolamento da ilha cria um cenário perfeito para um thriller psicológico, permitindo uma exploração intensa dos personagens. O filme utiliza a isolação e o ambiente controlado para construir uma atmosfera de tensão e suspense, o que pode manter o público envolvido. O ritmo do filme pode ser irregular, com alguns momentos lentos que podem afetar a fluidez da história e a capacidade do público de se manter engajado.

Kravitz traz uma visão pessoal e uma abordagem fresca para o filme, refletindo suas próprias preocupações sobre questões de gênero e poder. A estética visual é bem cuidada, com uma atenção aos detalhes que ajuda a criar uma atmosfera única e claustrofóbica. Na direção pode ocasionalmente lutar para equilibrar a profundidade dos temas com o ritmo do thriller, resultando em uma execução que pode não ser tão impactante quanto o esperado e alguns personagens podem não ser suficientemente desenvolvidos, o que pode fazer com que suas motivações e ações pareçam superficiais ou unidimensionais. Mas o longa consegue prender nessa atmosfera assustadora e faz a gente esperar pelo fim da narrativa que é muito boa.

"Pisque Duas Vezes" é um filme que tenta equilibrar uma narrativa de suspense com uma crítica social profunda, e a direção de Zoë Kravitz traz uma nova perspectiva ao gênero. A estreia de Kravitz como diretora é um passo importante em sua carreira e oferece um ponto de partida interessante para discussões sobre poder e gênero no cinema.

Crítica: Carlos Vilaça

Revisão Textual: Kaillane Sousa

Nota: 3.8/5

 
 
 

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