(crítica) os fantasmas se divertem 1988
- Carlos Vilaça
- 15 de ago. de 2024
- 2 min de leitura

Os Fantasmas Se Divertem (originalmente Beetlejuice), dirigido por Tim Burton e lançado em 1988, é um clássico que combina comédia, fantasia e terror de maneira única. Na época, o filme foi revolucionário por apresentar uma produção de alta qualidade que se distanciava dos filmes de baixo orçamento comuns do gênero, oferecendo uma experiência cinematográfica rica tanto para a TV quanto para o cinema.
A trama gira em torno de um casal de fantasmas, Adam e Barbara Maitland, que morrem em um acidente de carro e tentam espantar os novos moradores de sua casa, os Deetz. Esta família excêntrica transforma a residência em um espaço moderno e sombrio. Quando suas tentativas de assombrar a casa falham, eles convocam Beetlejuice, um espírito travesso e caótico, para ajudá-los. No entanto, Beetlejuice logo se revela uma força descontrolada, ameaçando tanto os vivos quanto os mortos.
O tema central do filme é a vida após a morte e a luta por controle e identidade. Burton explora como os mortos podem sentir-se tão deslocados e desesperados quanto os vivos, e como a interferência externa (como a de Beetlejuice) pode complicar ainda mais essas questões.
O filme é repleto de cenários e efeitos visuais que evocam uma sensação de surrealismo e fantasia, com um design de produção que mistura o gótico com o grotesco de maneira criativa. Os cenários, como o interior da casa dos Maitland e o "Mundo dos Fantasmas", são imaginativos, criando uma atmosfera de desconforto e humor.
O elenco de Beetlejuice é um dos seus pontos fortes. Michael Keaton entrega uma performance icônica como Beetlejuice, criando um personagem que é ao mesmo tempo repulsivo e fascinante. Sua energia frenética e o humor sombrio fazem dele um dos vilões mais memoráveis do cinema.
Winona Ryder também se destaca como Lydia Deetz, uma adolescente gótica que pode ver e se comunicar com os fantasmas. Sua performance é uma das mais genuínas do filme, trazendo uma profundidade emocional que contrasta com o humor e a bizarrice do filme.
A trilha sonora, composta por Danny Elfman, é fundamental para a experiência de Beetlejuice. A música combina elementos de humor e terror, refletindo o tom peculiar do filme. A canção-título, em particular, é lembrada por sua melodia contagiante e seu caráter excêntrico.
Em suma, Os Fantasmas Se Divertem é uma comédia sombria que se destaca por seu estilo visual único, humor peculiar e performances memoráveis. A combinação de fantasia e terror com uma abordagem cômica oferece uma experiência cinematográfica que continua a cativar e entreter. O filme é uma prova do talento de Tim Burton para criar mundos únicos e personagens inesquecíveis.
Crítica: Carlos Vilaça
Nota: 4.4/5
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