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[Crítica] Não Fale o Mal (2024)

  • Foto do escritor: Carlos Vilaça
    Carlos Vilaça
  • 16 de set. de 2024
  • 2 min de leitura



Não Fale o Mal (Speak No Evil), em sua versão de 2024, nos convida a uma experiência cinematográfica que transita entre o desconforto e o terror psicológico. Dirigido por James Watkins, o filme é um remake do original dinamarquês e, embora mantenha a premissa básica, apresenta nuances e desdobramentos próprios que merecem ser analisados.


A história gira em torno de uma família que, durante suas férias, faz amizade com um outro casal. A princípio, tudo parece cordial e acolhedor, mas a cordialidade excessiva dos novos amigos começa a gerar um clima de estranhamento e crescente tensão. A cada cena, a sensação de que algo está errado se intensifica, culminando em um clímax perturbador.


Um dos pontos fortes do filme é a exploração do terror psicológico. A direção de Watkins consegue criar uma atmosfera opressiva e claustrofóbica, mesmo em cenas que se passam em ambientes abertos. A cordialidade excessiva dos anfitriões se transforma em um pesadelo, expondo a perda da inocência e a fragilidade das relações humanas de forma crua. As atuações são outro destaque do filme. James McAvoy, em particular, entrega uma performance intensa e perturbadora como o anfitrião aparentemente simpático, transmitindo uma simpatia excessiva que contribui para a construção do personagem na trama. A química entre os atores aumenta a tensão e torna a experiência ainda mais envolvente.


O remake de Não Fale o Mal (2024) diverge do original em alguns aspectos. A versão hollywoodiana opta por um ritmo mais acelerado e por cenas mais explícitas, enquanto o original dinamarquês se concentra em construir a tensão de forma mais gradual e sutil. Ambas as versões são eficazes em causar desconforto no espectador, mas cada uma tem sua própria identidade. A direção de Watkins cria um clima de suspense que prende o espectador do início ao fim. O elenco entrega performances intensas e realistas, embora algumas cenas possam soar clichês e até engraçadas em diversos momentos. O longa aborda temas profundos, como a perda da inocência e a fragilidade das relações humanas.


É um filme que provoca e perturba. Ele nos convida a refletir sobre a natureza das relações humanas, a importância de estabelecer limites e o perigo da cordialidade excessiva. Além disso, o filme pode ser visto como uma crítica à sociedade contemporânea, onde as aparências e a necessidade de agradar aos outros muitas vezes prevalecem sobre a autenticidade. Apesar da tensão constante, alguns momentos da trama podem ser considerados previsíveis e seu final pode deixar algumas perguntas sem respostas.


Não Fale o Mal é uma obra que vale a pena ser vista, mas pode causar desconforto e angústia em alguns espectadores. Se você gosta de filmes de terror psicológico e busca uma experiência cinematográfica intensa, este filme é para você.

Crítica: Carlos Vilaça

NOTA: 3.2/5

 
 
 

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