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[crítica] mickey 17

  • Foto do escritor: Carlos Vilaça
    Carlos Vilaça
  • 7 de mar.
  • 2 min de leitura

imagem: Divulgação/ Warner Bros Pictures
imagem: Divulgação/ Warner Bros Pictures


Com o roteiro baseado no livro de mesmo nome, e trazendo a direção de Bong Joon-ho, baseado no livro Mickey7, de Edward Ashton, publicado em 2022, Mickey 17 cumpre ao entregar uma narrativa sci-fi à altura.

Conhecido por obras como "Parasita" e "Expresso do Amanhã". Desta vez, ele nos apresenta uma ficção científica com tons de comédia, estrelada por Robert Pattinson no papel de Mickey Barnes, um "descartável" em uma missão de colonização no planeta gelado Niflheim.

Na trama, Mickey é um funcionário cuja função envolve enfrentar tarefas extremamente perigosas, sabendo que, em caso de morte, será clonado e suas memórias transferidas para um novo corpo. A história ganha complexidade quando Mickey 17 sobrevive a uma missão e retorna para encontrar sua versão sucessora, Mickey 18, levando a questionamentos sobre identidade, consciência e a natureza da existência.

O longa aborda temas recorrentes na filmografia de Bong Joon-ho, como a exploração capitalista, a desigualdade social e a ética por trás da clonagem e da inteligência artificial. A crítica ao capitalismo e à exploração do trabalhador é evidente, especialmente na figura do líder da missão, Kenneth Marshall (interpretado por Mark Ruffalo), que representa a ganância corporativa e a desumanização dos subordinados. O personagem tem uma característica comumente associada a líderes religiosos e também presidenciáveis.

Robert Pattinson entrega uma performance notável, diferenciando sutilmente cada versão de Mickey, o que enriquece a narrativa e aprofunda as questões existenciais propostas pelo filme. No entanto, o filme pode parecer sobrecarregado, com subtramas que nem sempre se desenvolvem plenamente, trazendo certo alongamento desnecessário na sua narrativa.

 

Visualmente, o longa impressiona com sua estética futurista e cenários imersivos que refletem a hostilidade e a beleza de Niflheim. A direção de Bong Joon-ho mantém seu estilo característico, mesclando humor ácido com críticas sociais contundentes, embora alguns espectadores possam sentir falta da sutileza presente em trabalhos anteriores do diretor.

 

Em suma, "Mickey 17" é uma obra que provoca reflexão, explorando a condição humana em um futuro onde a tecnologia desafia nossas concepções de vida e identidade. Mesmo que não alcance o mesmo impacto de "Parasita", o filme oferece uma experiência cinematográfica rica e envolvente, reafirmando a habilidade de Bong Joon-ho em combinar entretenimento com crítica social, e nisso o filme sabe cumprir bem o seu papel.

Crítica: Carlos Vilaça

NOTA: 4,2/4

 
 
 

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