[Crítica] Looney Tunes: O Dia em que a terra explodiu

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A nova animação da Warner, agora com a distribuição da Paris Filmes, aposta em uma abordagem mais enxuta, focando apenas em Patolino e Gaguinho como protagonistas. A escolha de centrar a narrativa nesses dois personagens, ao invés de todo o elenco clássico, confere ao filme um tom mais íntimo, ainda que por vezes limitante em termos de variedade cômica.

Patolino, com seu humor egoísta e exagerado, brilha como o motor da história, enquanto Gaguinho oferece o contraponto inocente e hesitante. A dinâmica entre eles funciona bem como nos desenhos originais, preservando a essência cômica que o público espera. A introdução do par romântico do porquinho, Petúnia, adiciona frescor à trama, funcionando como uma âncora emocional e trazendo um pouco de profundidade em meio à comédia frenética.

O objetivo dos protagonistas é impedir a explosão da Terra, trama que funciona de maneira simples e eficiente, servindo como pano de fundo para as interações cômicas e as situações lunáticas típicas dos Looney Tunes. Porém, o roteiro não se arrisca muito e pode parecer previsível em alguns momentos, principalmente para os espectadores mais velhos.

Visualmente, o filme é vibrante e capricha nas expressões dos personagens, mantendo o espírito cartunesco. A animação é fluida e o design dos personagens novos é bem construído, conseguindo se integrar ao universo clássico sem parecer deslocado.

Em resumo, Looney Tunes: O Dia em que a Terra Explodiu é uma aventura divertida que respeita o legado dos personagens, mesmo apostando em uma formação mais restrita. Embora careça de ousadia narrativa, o filme entrega humor, carisma e nostalgia na medida certa.

Crítica: Carlos Vilaça

NOTA: 3,8/5