[crítica] desconhecidos
- Carlos Vilaça
- 3 de abr.
- 1 min de leitura

O filme dirigido por JT Mollner e dos produtores de "Noites Brutais" e "Entrevista com o Demônio", "Desconhecidos" é um thriller psicológico que busca inovar ao apresentar uma narrativa não linear dividida em seis capítulos e um epílogo. O filme inicia no capítulo três, mergulhando o espectador diretamente em uma cena intensa onde uma mulher, interpretada por Willa Fitzgerald, foge de um perseguidor armado, vivido por Kyle Gallner. Essa estrutura fragmentada visa criar suspense e desafiar as expectativas do público.
A decisão de filmar em 35mm confere ao longa uma estética visual distinta, com cores vibrantes e iluminação dramática. No entanto, essa escolha estilística tem sido alvo de críticas. A fotografia impressiona inicialmente, mas logo revela uma falta de profundidade, sugerindo que a forma prevalece sobre o conteúdo.
As atuações são um ponto alto do filme. Willa Fitzgerald entrega uma performance intensa e complexa, sendo elogiada por sua capacidade de sustentar a tensão e a ambiguidade da trama. Kyle Gallner também contribui significativamente para a dinâmica entre os personagens principais.
Contudo, a estrutura fragmentada serve mais como artifício do que como elemento enriquecedor da história, resultando em uma experiência que pode parecer pretensiosa e superficial.
Em resumo, "Desconhecidos" apresenta uma proposta ousada e estilisticamente marcante, com uma narrativa complexa e de abordagem estética diferenciada.
CRÍTICA: Carlos Vilaça
NOTA: 4,3/5
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